Um amador acabou descobrindo um crucifixo por engano com um detector de metais na Dinamarca. A peça é feita de ouro maciço e traz a figura de um homem com os braços abertos. A descoberta já é antiga, no entanto, precisa novamente ser mencionada devido a sua importância para o cristianismo.
Com mais de 1.100 anos, o crucifixo foi encontrado em um campo na ilha de Funen, Dinamarca. O Museu Viking da cidade de Ladby disse que a peça pode ter sido usada por uma mulher viking.
A curadora e arqueóloga do Østfyns Museum, Malene Refshauge Beck, disse que a descoberta é sensacional e data aproximadamente da metade do século X.
“É uma descoberta completamente sensacional, que remonta à primeira metade do século X. Este objeto definitivamente estará nos livros de história futuros, uma vez que pode vir a provar que os dinamarqueses se tornaram cristãos muito tempo antes do que se pensava”, disse a arqueóloga.
Detalhes sobre o crucifixo
Medindo cerca de 4,1 centímetros, a peça feita de ouro pesa 13,2 gramas e exibe a imagem que um homem com os braços entendidos (Jesus Cristo). Possivelmente a cruz pertencia a uma mulher rica.
O museu deixou claro que não é possível afirmar que a mesma era cristã ou pagã, já que poderia apenas estar usando objetos que foram roubados. A joia está praticamente intacta, o que é muito raro em achados do tipo.
Arqueólogos já encontraram outras cruzes em cemitérios vikings, no entanto, elas datam de períodos posteriores além de serem feitas de prata e terem um tamanho inferior ao novo crucifixo encontrado.
Piratas vikings
De acordo com Malene Refshauge, a descoberta muda completamente a data atribuída anteriormente sobre a implantação do cristianismo na região.
“Nos últimos anos tem havido cada vez mais sinais de que o Cristianismo se espalhou mais cedo do que se pensava anteriormente – e, até agora, esta descoberta é a prova mais clara disso”, afirmou.
Historiadores também acreditam que piratas vikings possam ter pilhado e aterrorizado a Europa antes de se converterem no século XI. Essa conversão teria os levado a uma vida mais ‘comportada’ repleta de orações, idas à igreja e cultivo de plantações (agricultura).
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