Após o lançamento da série “Vikings” e de jogos como “Assassin’s Creed Valhalla” muitos passaram a ter mais interesse pela mitologia e modo de vida dos antigos nórdicos. Um novo estudo feito pela arqueóloga antropológica Michèle Hayeur Smith, da Universidade de Brown, mostra que as mulheres eram mais importantes do que se pensava.
O estudo sugere que se não fosse o trabalho de tecelagem feito pelas mulheres, os vikings não teriam conseguido expandir seus territórios. Foram encontrados pequenos fragmentos de tecidos que conseguiram resistir a ação do tempo.
Smith então usou o achado para descobrir mais detalhes sobre a sociedade viking. Datando do ano de 874, as amostras teriam origem de um assentamento da Islândia. Em entrevista para a revista Scientific American, a pesquisadora disse que o trabalho feito para as mulheres era muito importante.
“Os têxteis e o que as mulheres faziam eram tão essenciais quanto a caça, a construção de casas e as lutas pelo poder.”, revelou Smith.
As mulheres trabalhavam como administradoras se dedicando ao comércio desse tipo de agasalho. Esse é um detalhe interessante, já que os homens viviam em incursões ou expedições comerciais e não tinham tempo para esse tipo de tarefa.
Além disso, elas ainda detinham a base da economia do Atlântico Norte, pois sabiam que suas roupas protegiam do frio e usavam a lã caseira para aumentar o padrão e lucrar mais.
O estudo identificou que o tecido vadmál – lã tecida no padrão ZS, se tornou ainda mais importante após a escassez de prata e crescimento populacional, já que os vikings pararam de atacar, aumentando o trabalho de produção das tecelãs.
“Todo mundo assumiu que a economia era uma coisa masculina. Na verdade, não eram os homens, mas as mulheres que tomavam as decisões”, completou a Hayer Smith.