Vikings: a verdade por trás da Águia de Sangue

Michael Hirst, criador da série “Vikings”, já revelou durante entrevistas que as tradições e culturas do povo nórdico foram essenciais para a criação da história como todos conhecem atualmente.

Os fãs acabaram se assustando com um dos métodos mais dolorosos de execução usados pelos vikings no passado. Chamado de Águia de Sangue, esse método antigo tem como objetivo fazer com que a vítima tenha um sofrimento intenso enquanto morre lentamente.

Na série, ela apareceu pela primeira vez no 7ª episódio da segunda temporada. Na ocasião, Ragnar executa Jarl Borg utilizando a Águia de Sangue. O método é registrado em algumas histórias antigas indicando que realmente existiu.

Águia de Sangue é citada em duas ocasiões na história

O método, apesar de famoso, é citado apenas duas vezes nas Sagas nórdicas. Na primeira, as vítimas eram membros de famílias sobres e conhecidas. Por causa disso, a Águia de Sangue era vista com referência e também respeito.

A primeira vez que o método é descrito é em um sacrifício a Odin, quando Halfdan, filho do Rei Harald (vale lembrar que na série eles são irmãos) acaba sendo morto por Torf-Einarr como punição pelo assassinato de um membro da família.

Já a segunda vez em que a Águia de Sangue é descrita nas Sagas, é quando Einarr realizou o procedimento nas costas de Halfdan utilizando uma espada. Ele cortou as costelas do guerreiro e deixou seus pulmões para fora, oferecendo a Odin tal sacrifício.

Realidade ou ficção?

Os estudiosos divergem com relação a veracidade das referências ao método nos textos nórdicos. Uma importante corrente de historiadores acredita que o ritual possa ter sido, na realidade, inventado pelos autores responsáveis por escrever e traduzir as antigas Sagas.

No entanto, o importante estudioso Alfred Smyth, discorda totalmente dessa alegação. Segundo ele, humanos eram oferecidos como sacrifício para o deus Odin. Na cultura viking, isso era bastante comum em sua opinião.

Já a autora de um livro sobre a Águia de Sangue, Roberta Frank, disse o seguinte: “Os temas apresentados nas descrições — a figura da águia, a divisão das costelas, a ‘cirurgia’ nos pulmões foram combinados em descrições criativas, inventadas para o máximo terror do leitor”.

Tais informações acabam deixando a existência do método ainda mais misteriosa. Entre os estudiosos, ainda não existe um consenso sobre a veracidade histórica da Águia de Sangue, um dos rituais mais dolorosos da história.

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