Durante a série “Vikings” foi mostrado um cruel método de execução conhecido como Águia de Sangue. Ele consistia em incisões feitas na altura do tórax para se ter acesso às costelas e pulmões.
Após isso, com o indivíduo ainda vivo, elas eram separadas da coluna vertebral com a ajuda de um machado. Os pulmões da vítima eram colocados para fora imitando as asas de uma águia.
Tudo isso deveria ser feito enquanto a vítima ainda estivesse viva e sendo observada pelo público. Para finalizar o processo, ainda era polvilhado sal nas feridas para que o condenado sofresse muito antes de morrer.
Esse método realmente existiu na antiguidade?
Muito se questiona sobre a veracidade de algumas coisas mostradas nas sagas. Isso porque muitas delas são de fato lendas e foram alteradas posteriormente por erros de tradução entre outros motivos.
Uma das primeiras vítimas torturadas por esse método teria sido o rei Aella da Nortumbria. As sagas dizem que ele foi responsável por matar o rei lendário Ragnar Lodbrok.
Existe um debate contínuo sobre se o rito realmente existiu ou foi somente uma invenção literária ou tradução incorreta dos textos originais. As poucas referências existentes datam de várias centenas de anos após a cristianização da Escandinávia.
O professor Alfred Smyth, especializado em história medieval, apoiou a historicidade e disse que o método era realmente um sacrifício humano ao deus nórdico Odin. Alfred ainda disse que a morte de Aella é “relato preciso de um corpo submetido ao ritual da águia de sangue”.
A filóloga americana Roberta Frank, especializada em inglês antigo, língua e literatura nórdica antiga, escreveu o seguinte:
“No início do século XIX, os vários motivos da saga – esboço de águia, divisão de costela, cirurgia pulmonar e ‘estimulante salino’ – foram combinados em sequências inventivas projetadas para o horror máximo”.
Ela concluiu que os autores podem ter interpretado mal o método aumentando a sua ‘importância’ nas sagas. Já o historiador inglês Ronald Hutton, disse em seu livro intitulado “The Pagan Religions of the Ancient British Isles”, que na realidade pode ser um mito cristão resultante da má compreensão de algum versículo mais antigo.
O assunto ainda é motivo de debate e mostra que mesmo a Águia de Sangue existindo ou não, foi um dos métodos descritos nas sagas mais amedrontadores usado pelos antigos nórdicos.
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